terça-feira, 26 de outubro de 2010

A física da flauta

A FÍSICA DA FLAUTA
Análise do som emitido por flautas
Autor: Marcos Antônio Gomes Morais
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Luiz Garavelli

http://www.fisica.ucb.br/sites/000/74/00000163.pdf

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

domingo, 24 de outubro de 2010

Entrevista com Fernando Corradini - flautista profissional

1-      Por que vc escolheu a flauta?    

Com aproximadamente 9 anos de idade um amigo e vizinho apareceu em casa com uma flauta doce soprano. No ímpeto de acompanhá-lo, comecei a tocar através do método de diagrama de digitação, dessa época até hoje não parei mais, tendo passado pela  transversal de bambu e pela flauta quena.  Pode  se dizer que foi o instrumento que me escolheu e que minha paixão por ele foi alimentada pela experiência, pelo timbre , pelo repertório, pelo desafio, pelo amor e  amizade e pelos resultados alcançados profissionalmente.

2-      Na sua opinião qual a maior dificuldade que um flautista enfrenta no aprendizado do  instrumento? 

      Disciplina e paciência são, sem dúvida, requisitos importantíssimos para o instrumentista, desde cedo .  O que tenho notado na minha experiência como professor é que a falta destes requisitos, aliada a dificuldade em organizar o tempo para o estudo da música , vem frustrando alguns potenciais verdadeiros.

3-      Popular X Erudito ? O que pensa sobre ...    
      Para mim música é música, o que muda é a intenção.

4-      Qual o conselho daria pra quem quer viver como flautista profissional ?  
      
     Quanto mais cedo começar melhor.  Tomar aulas com professores especializados no (s) estilo(s) que deseja atuar.  Estudar com muita consciência e objetividade  e nunca desprezar os conteúdos musicais necessários para a formação integral do músico.

5-      Fale sobre seus projetos atuais...

     Este ano retornei às aulas com a flautista da Banda Sinfônica do Estado Ana Amélia Wingther,  buscando uma melhoria da técnica e da interpretação.
 Estou preparando um repertório de música de câmara com o pianista Luis GIovelli e dentro da minha área principal de atuação (choro), estou pesquisando músicas de compositores de Amparo.


Luis Fernando Corradini (19) 3808-1419/9202-8075   -    fefeflauta@ig.com.br

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dores da música!

 

Prática incorreta de instrumentos ameaça a saúde e o desempenho

  • No pain, no gain. O ditado em inglês (“sem dor, sem ganho”, em português) serve como motivação para muitos músicos, estimulando-os a manter o esforço no estudo do instrumento e em longos ensaios para sempre aperfeiçoar a performance em violino, piano, guitarra ou bateria.

    Era essa a rotina de Paulo Ricardo Leonardi Paranhos, hoje com 64 anos, havia mais de três décadas. O violinista treinou partituras à exaustão. A perícia o tornou membro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), mas o excesso de ensaios e concertos trouxe consequências à saúde. Em 2001, a primeira lesão: uma tendinite no pulso que se manifestou enquanto estudava a Quarta Sinfonia, de Beethoven.

    Anos depois, teve início um processo de rompimento parcial de tendão nos ombros, somado a bursite (inflamação) e artrose (problema nas articulações). A dor constante, muitas vezes, o obriga a longas pausas. Paranhos dedica-se também ao reparo de violinos. A falta de descanso para os braços o empurra para sucessivas sessões de fisioterapia.

    – A dor maior é nos concertos, quando o trabalho e a concentração são intensos. Nos ensaios, troco de posição e até faço algumas pausas – conta.

    O preço do virtuosismo pode ser muito alto. De acordo com a intensidade da prática instrumental, as lesões se agravam e deixam os músicos incapacitados para várias funções.

    – Um dos problemas mais comuns é o superuso, quando um tecido é exigido além de seus limites. Ao longo do tempo, o esforço intenso causa dor em vários pontos. A dor pode se estender a qualquer atividade. Passa-se a sofrer para arrumar o cabelo, escovar os dentes ou fechar uma torneira – explica o ortopedista Osvandré Lech, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

    O superuso leva a outros problemas. Um dos mais comuns é a tendinite, inflamação no tendão que pode acometer braços, mãos, pernas e cotovelos. Quando o problema é diagnosticado logo no início, o tratamento costuma ser simples e eficaz.

    – Uma tendinite, por exemplo, pode ser tratada com repouso parcial, fisioterapia, analgésicos e, eventualmente, uma mudança na técnica do instrumento. “Esperar para ver”, achar que a dor não é nada, no entanto, muitas vezes não é a melhor solução. Quanto mais tempo passar, mais difícil será o sucesso do tratamento – afirma a fisioterapeuta Annemarie Frank.

    FLAUTA TRANSVERSAL


     O instrumento requer uma postura bem assimétrica, o que faz com que se tensione demais um único lado do corpo. Se o praticante exagerar na tensão muscular e não fizer intervalos, podem ocorrer dores, fadiga muscular e dormência.
  • fonte: daniel.cardoso@zerohora.com.br

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Feliz Dia dos Professores

Deixo aqui minha pequena homenagem aos professores de flauta.
Vamos combinar que pra ser professor de flauta tem que ter dom e muuuuuuuuuuuuuuuita paciencia. Não basta tocar bem, dar aula é outra historia!
As vezes tem que repetir quase toda aula pra tomar cuidado com postura, abrir o som, interpretar, manter o andamento... e assim vai!
Por isso alunos, vamos facilitar um pouco o lado deles né... um pouco mais de dedicação não mata ninguem!

Agradeço a todos os professores que tive até hoje e  que de alguma maneira contribuiram com meu desenvolvimento na flauta, em especial ao meu atual professor Rogério, obrigado por tudo!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

Programa de Estudo para Flauta - Conservatório de Firenze

Achei essa programação de estudo no site do Conservatório de Firenze. São 7 anos de estudo.
É muito interessante e tem uma grande lista de metodos e peças indicadas para cada nivel e cada ano do estudo da flauta transversal.
O site é: http://www.conservatorio.firenze.it/ pra quem quiser dar uma conferida em como funcionam as coisas por la!

Bons estudos!


I ANNO
Studi ed esercizi
R. Galli - L'indispensabile metodo pratico per flauto traverso
M. Moyse - Ventiquattro piccoli studi melodici
L. Hugues - La scuola del flauto Op. 51 1° vol.
ou
Altes - Celebre metodo per flauto - parte I
Scale maggiori con diesis e con i bemolli (un'ottava)
Dimostrazione di possedere un buon orecchio, senso del ritmo, attitudine fisica per lo studio del flauto.
Letteratura flautistica
H. Purcell - Aria, Due Minuetti
G.F. Haendel - Gavotta, Bourrée
Ch.W. Gluck - Siciliana

II ANNO
Studi ed esercizi
M. Moyse - Venticinque piccoli studi melodici
G. Gariboldi - Venti piccoli studi
L. Hugues - La scuola del flauto Op. 51 II vol.
oppure
Altes - Celebre metodo per flauto - parte II
Federico il Grande - 100 studi facili
Scale maggiori e minori con i diesis e con i bemolli (2 ottave)
Lettura di facili duetti
Letteratura flautistica
G.F. Haendel - Sonate n. 1 e n. 2 dalle 4 Sonate per flauto e basso continuo
B. Marcello - Sonata n. 1 in fa magg. per flauto e basso continuo
Ch.W. Gluck - Danza degli spiriti beati dall'Orfeo

III ANNO
Studi ed esercizi
M. Moyse - Cento studi facili e progressivi I vol.
E. Köhler - Quindici studi facili Op. 33/1 (Ed. Ricordi)
L. Hugues - La scuola del flauto Op. 51 - III vol.
R. Galli - 30 studi
oppure
Altes - Celebre metodo per flauto - parte III
L. Hugues - Quaranta esercizi
Lettura a prima vista di facili brani
Lettura di facili duetti
Letteratura flautistica
J.B. Loeillet - Sonata in Fa magg. per flauto e cembalo
M. Blavet - Sonata n.2 per flauto e cembalo
W.A. Mozart - Sonata n. 5 KV14 per flauto e pianoforte
G. Donizetti - Sonata per flauto e pianoforte

IV ANNO
Studi ed esercizi
M. Moyse - Cento studi facili e progressivi II vol.
M. Moyse - Scuola dell'articolazione
E. Köhler - Dodici studi di media difficoltà Op.33/2
L. Hugues - La scuola del flauto Op. 51 IV vol.
J. Andersen - Ventisei piccoli capricci op. 37
oppure
Altes - Celebre metodo per flauto parte IV
Lettura a prima vista di brani di media difficoltà
Trasporto a prima vista di facili brani non oltre un mezzo tono sopra o sotto.
Letteratura flautistica
G.F. Haendel - Sonata n. 4 dalle 4 Sonate per flauto e basso continuo
J.S. Bach - Sonata n. 4 dalle 3 Sonate per flauto e basso continuo
G. Platti - Sonata n. 1 per flauto e basso continuo
A. Roussel - "Joueurs de flute" 4 pezzi per flauto e pianoforte
A. Honegger - "Danse de la chevre" per flauto solo
K. Stamitz - Concerto in sol maggiore per flauto e pianoforte

V ANNO
Studi ed esercizi
M. Moyse - Esercizi giornalieri
E. Köhler - Otto studi difficili Op. 33/3
J. Andersen - Ventiquattro esercizi Op. 30
A.B. Fürstenau - Ventisei studi Op. 107
G. Briccialdi - Ventiquattro studi
Vinci - Appunti sulla storia e letteratura del flauto.
Lettura a prima vista di brani di media difficoltà
Trasporto a prima vista di facili brani non oltre un tono sopra o sotto.
Conoscere la costruzione del flauto e saper suonare l'ottavino.
Letteratura flautistica
J.S. Bach - Sonate n. 5 e n. 6 dalle 3 sonate per flauto e basso continuo
J.S. Bach - Suite n. 2 in Si minore per flauto e archi
G.F. Telemann - Suite in La minore per flauto e archi
A. Vivaldi - Sonate n. 5 e n. 6 dal "Pastor Fido" per flauto e basso continuo
A. Vivaldi - Concerto in Re Magg. "Il Cardellino" per flauto e archi
P. Hindemith - Sonata per flauto e pianoforte
G.Faurè - Fantasia per flauto e pianoforte

VI ANNO
Studi ed esercizi
M. Moyse - Studi ed esercizi tecnici
M. Moyse - Della sonorità: arte e tecnica
J. Andersen - Ventiquattro grandi studi Op. 15
J. Herman - Dodici grandi studi di stile - I parte
P. Jeanjean - Studi moderni (i più adatti al corso)
Letteratura flautistica
J.S. Bach - Sonata in La minore per flauto solo
J.J. Quantz - Concerto in sol maggiore per flauto e orchestra
W.A. Mozart - Concerto in Sol maggiore K 313 per flauto e orchestra
C. Debussy - Syrinx per flauto solo
F. Poulenc - Sonata per flauto e pianoforte
F. Martin - Ballade per flauto, archi e pianoforte
K. Reinecke - Concerto per flauto e pianoforte
S. Mercadante - Concerto in mi minore per flauto e pianoforte
O.Messiaen - "Le merle noir" per flauto e pianoforte

VII ANNO
Studi ed esercizi
M. Moyse - Meccanismo - Cromatismo
M. Moyse - Venti esercizi e studi
J. Andersen - Ventiquattro studi tecnici Op. 63
J. Andersen - Ventiquattro studi di virtuosità Op. 60
J. Herman - Dodici grandi studi di stile (II parte)
E. Köhler - Trenta studi di virtuosità Op. 75 (i più adatti al corso)
Lettura e conoscenza dei principali "a solo" del repertorio lirico e sinfonico.
Letteratura flautistica
W.A. Mozart - Concerto in Re maggiore K 314 per flauto e orchestra
F. Schubert - Introduzione e variazioni Op. 160 per flauto e pianoforte
S. Prokofiev - Sonata n. 2 op. 94 bis per flauto e pianoforte
A. Casella - Siciliana e burlesca per flauto e pianoforte
E. Varese - Density 21.5 per flauto solo
J. Ibert - Concerto per flauto e orchestra
J. Rodrigo - Concerto Pastorale per flauto e pianoforte
A. Jolivet - Sonata per flauto e pianoforte
"Chant de Linos" per flauto e pianoforte
L. Berio - Sequenza I per flauto solo

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Flauta nossa de cada dia...

Registro e extensão
A extensão normal da flauta é de três oitavas, do Dó3 (Dó central no piano) ao Dó6, mas flautistas experiente podem chegar até o Dó7. Algumas flautas modernas permitem também emitir o Si2.
Há também outros tipos de flauta transversal, como o piccolo, cujo registro começa uma oitava acima da flauta transversal comum, a flauta baixo, cujo registro começa uma oitava abaixo da flauta transversal comum, e a flauta alto, que começa em Sol3. Há também o pífaro, muito usado na música tradicional de diversos países, mas cujo registro pode varia muito conforme a tradição cultural considerada. As vezes a flauta pífaro é usada como aprendizado para tranversal,porém sua sonoridade e diferente da tranversal e se asemelha a doce.

Técnica
Na flauta, a emissão do som é relativamente fácil, levando ao virtuosismo quase espontâneo no que diz respeito à velocidade. Não tão fácil é obter um som vibrante sem ser vulgar no forte ou inconsistente no piano. As dificuldades de execução apresentam-se também pela natureza heterogénea dos registros, tanto tem timbre, quanto em volume de som. O agudo é potente e brilhante, e o grave, aveludado e de difícil emissão. O controle da embocadura, por se tratar de um instrumento de embocadura livre, deve ser minucioso, já que pequenas alterações no ângulo do sopro interferem bastante no equilíbrio da afinação.

Recursos comuns na flauta transversal

A flauta sempre foi um instrumento muito privilegiado no que diz respeito a recursos e ornamentos. Grande parte dos recursos musicalmente conhecidos são executáveis na Flauta, salvo as particularidades e dificuldades inerentes ao próprio instrumento.
  • Vibrato - introduzido pela escola francesa, é feito a partir do diafragma, semelhantemente ao vibrato vocal. Existe também a possibilidade de realizar o vibrato utilizando-se das chaves em forma de anel presentes em algumas flautas. O abuso do vibrato por parte de flautistas leva a interpretações erradas, tocando em vibrato passagens que deveriam soar limpas e serenas.
  • Glissando - consiste em "deslizar" entre as notas, seja por meio das chaves ou por alterações na embocadura.
  • Harmônicos - feito ao mudar a embocadura e a direção da coluna de ar, obtendo uma nota diferente da que seria a da digitação fundamental. O timbre é mais doce e etéreo do que o da nota "real".
  • Beatboxing - Consiste em tocar uma melodia realizando o beatboxing ao mesmo tempo - Tecnica moderna que se tornou famosa recentemente, ao ser executada pelo artista Greg Pattillo.
  • Multifonia - consiste em solfejar e tocar ao mesmo tempo, o resultado é um som cortante e agressivo. (técnica mais moderna)
  • Frullato - pronuncia-se a letra "R" (sem voz) enquanto toca, dando à nota uma intermitência. (técnica também conhecida por Fluterzung e sempre foi característica própria deste instrumento, mas seu uso se tornou mais evidente em épocas mais atuais)
  • Polifonia ou Nota dupla - através de pesquisa foram descobertos alguns intervalos de notas possíveis de se emitir na flauta usando digitação especial e de um sopro mais "difuso", de forma a permanecer entre dois sons harmônicos. (técnica moderna)
Fabricação

Na fabricação da flauta, atualmente existem flautas feitas em Níquel e banhadas em prata...outras já são feitas em Prata e algumas são feitas de Ouro. Existem algumas marcas como a Muramatsu, Yamaha, Haynes, Sankyo que constroem Flautas de Platina. Muito se discute a questão do tipo de metal e as conseqüências que ele acarreta no som. Sabe-se que as Flautas de Ouro possuem um timbre "mais definido" enquanto as de Prata possuem o possuem "mais fluido e aberto".
Uma flauta é um tubo aproximadamente cilíndrico dividido em três partes principais: Bocal ou Cabeça, Corpo e Pé.
  • O bocal possui um orifício com as bordas em formato adequado para que o instrumentista apoie comodamente o lábio inferior (porta-lábio). Numa extremidade, há uma peça móvel formada cortiça com um ressonador de metal, movendo-se-a, ajusta-se a afinação da flauta (geralmente as flautas vêm com um bastão indicando a distância correta do ressonador ao centro do orifício. Na outra extremidade, encaixa-se o corpo. O tamanho e forma do orifício pode alterar radicalmente todo o funcionamento e execução.
  • O corpo possui diversas perfurações e um sistema complexo de chaves, atualmente usa-se o sistema de Boehm, e outros mecanismos adicionais como rolamentos para o dedo mínimo na chave fundamental de Dó e o Mi Mecânico que auxilia a emissão desta nota em oitavas agudas, além de outros.
  • O pé é uma extensão do corpo, possuindo três ou quatro chaves. Termina geralmente na chave de Dó, mas há flautas que se estendem até o Si2.
Cuidados
  • Limpar sempre com flanela, por dentro e por fora(não usar a mesma pra limpar a parte interna e externa).
  • Ter cuidado com o bocal.
  • Ter leveza nos dedos ao acionar as chaves.
  • Guardar sempre a flauta no estojo e na bolsa.
  • Encaixar delicadamente as partes da Flauta.
  • Higienizar a boca e as mãos antes de tocar.
  • Tocar sempre com a postura correta.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Guerra!


Quem nunca enfrentou uma “guerra” interna quando os refletores se acendem?   Seja você um musico iniciante, estudante ou mesmo profissional.
Mãos suando, pernas tremendo,  dor na boca do estomago, a flauta que parece não parar na boca. Sem falar na respiração, que quando alterada influencia diretamente a interpretação. Ai já era!
Mas de onde vem essa voz que nos torna inseguros, nos faz pensar que estamos tocando mal ou que não seremos capazes de executar um determinado trecho?
Cobrança pessoal excessiva? Expectativas externas? Competição profissional ou pessoal?
Parece não  adiantar  ficar pensando: respire, fique calma, não corra nas colcheias!!! (eu sempre corro)
Auto controle! Todos nós temos uma reserva de potencial que consiste em nossas habilidades naturais,  capacidades  e conhecimento adquirido.
A Performance musical depende diretamente do nosso potencial menos as influencias (internas ou externas). A equação é   simples:

Perfomance Musical  =  POTENCIAL NATURAL  (menos) AS INTERFERÊNCIAS

Tem mais uma coisa, já reparou como lembramos com detalhes o nosso pior momento na flauta? Se paramos um minuto pra pensar sobre isso, conseguimos descrever com precisão tudo o que sentimos naquele fatídico dia!
Essas sensações ficam armazenadas e nos momentos críticos vem a tona como interferências ruins.
Devemos valorizar mais os momentos bons, as boas apresentações, trechos executados com precisão... aí sim, mudamos nosso arquivo pessoal, diminuindo as interferências negativas!
Confiança, sempre!!!
Momento Freud fica por aqui!
Refletimos todos e boa sorte!

domingo, 3 de outubro de 2010

Flauta com chaves abertas X fechadas? Dúvida!

Chaves abertas ou fechadas? Qual o melhor sistema?

Desde que surgiram as primeiras flautas de osso, bambu (e isso faz muito tempo!) que os flautistas usam seus dedos para tampar os pequenos orifícios laterais e assim conseguir emitir as diferentes notas da escala. Com a sua evolução, sobretudo nos séculos 16 e 17 surgiram alguns mecanismos ou chaves que permitiam que algumas notas fossem emitidas com melhor qualidade e afinação. Estas chaves também funcionavam como extensões para permitir que os dedos movimentassem chaves distantes como as do pé da flauta. Mas até então a maioria dos orifícios ainda era tampada pelos dedos do flautista.
Mas foi no século 19 que o jovem Theobald Boehm (1794-1881), flautista e ourives, descontente com a construção das flautas de sua época se propôs a criar um novo instrumento que viria revolucionar todo o conceito do instrumento até então. A idéia surgiu após uma viagem a Londres, onde Boehm teve a oportunidade de ouvir o grande flautista inglês Charles Nicholson (1795-1837) tendo ficado muito impressionado, até mesmo “desmoralizado” ao ouvir a grande sonoridade que Nicholson tirava de sua flauta. A flauta de Nicholson era uma flauta típica da época: de madeira e cônica, mas tinha uma peculiaridade, os orifícios eram substancialmente maiores que o padrão.
Boehm então começou a pesquisar e concluiu para melhorar a afinação e sonoridade da flauta seria necessário que os orifícios fossem colocados em sua posição acusticamente correta, e que estes orifícios teriam que ter pelo menos ¾ do diâmetro do tubo da flauta. Mas com orifícios tão grandes, não era mais possível que os dedos os tampassem, surgindo então as chaves “fechadas”.
Seguindo nesta mesma direção, Boehm também conclui que a madeira não era mais o material ideal para a construção da flauta, pois na madeira não era possível fazer orifícios muito grandes, pois causavam rachaduras. Surgiu então a primeira flauta de metal, material mais fino, maleável e estável segundo os novos conceitos de Boehm.
Seu sistema foi aos poucos sendo aceito na Alemanha e em outros países, mas na França houve uma resistência um pouco maior, até que o fabricante de flautas Louis Lot comprou a patente do Boehm e começou a produzir suas flautas na França com algumas modificações para agradar ao gosto dos flautistas franceses. Uma destas modificações foi a adoção de furos nas chaves (por isso chamamos até hoje as flautas de sistema francês ou alemão). Talvez porque os flautistas franceses queriam sentir seus dedos fechando os orifícios. 




Até hoje na França praticamente todos tocam com chaves abertas, e na Alemanha (quase exclusivamente) existe ainda uma preferência por chaves fechadas, embora muitos professores também já tenham adotado o sistema francês.
Existem vantagens e desvantagens em cada sistema, e por isso mesmo não é possível apontar qual o melhor.
Argumenta-se, favoravelmente, que o sistema de chaves fechadas possibilite uma vedação melhor, pois, teoricamente pelo menos, nossos dedos são mais "porosos" que as sapatilhas que vedam as chaves (embora isto seja quase desprezível). Outro argumento é de que do ponto de vista acústico, as chaves fechadas "refletem" melhor a vibração do interior do tubo por serem feitas de um material mais firme e mais plano que nossos dedos. Ainda acusticamente falando, nas chaves abertas existe uma pequena “câmara” formada pelo espaço que fica entre nosso dedo e o furo a sapatilha.
Já favoravelmente às chaves abertas, o argumento principal é que os furos no centro de algumas das chaves possibilitariam uma melhor ventilação de algumas notas (quase desprezível também, como já foi provado cientificamente). Porque nossos dedos são mais macios que as sapatilhas talvez o som de uma flauta com chaves abertas também seja mais “macio” e delicado também. Outro argumento favorável é o de que os orifícios das chaves forçam o flautista a manter seus dedos bem alinhados com as chaves evitando assim problemas de postura (é verdade que estes problemas de postura são comuns tanto com flautas abertas quanto fechadas...). Outra vantagem, talvez mais perceptível para o flautista, é que em geral as chaves abertas são mais silenciosas no movimento de fechar deixando seu toque mais sensível principalmente quando executamos uma frase em "legatto" (ligado). Com as chaves abertas também é possível executar alguns efeitos como tapar parcialmente com o dedo o orifício, fazer um glissando (destampar gradualmente o orifício da chave fazendo com que uma nota “escorregue” para outra). Algumas notas e sons especiais usados na música contemporânea e outros efeitos como “som de bambu”, quarto de tom, etc., também só podem ser obtidos em uma flauta com chaves abertas, daí a preferência dos entusiastas da música contemporânea por este sistema.
Do ponto de vista prático, o mais importante é que com as chaves abertas o flautista tem que ser mais cuidadoso com a postura de suas mãos para conseguir fechar as chaves, o que pode ser muito bom para corrigir má postura. Só não seria recomendável uma flauta de chaves abertas para crianças que têm mãos pequenas ou pessoas com dedos muito curtos ou finos (embora sempre haja uma adaptação). Por esta razão a maioria das flautas para estudantes é geralmente fechada, embora existam também flautas para estudantes com chaves abertas por preços semelhantes. Outra vantagem é que uma vez adaptado às chaves abertas, consegue-se tocar em qualquer flauta, fechada ou não.

Moyse diariamente, é necessário?

Desde que peguei na flauta pela primeira vez me deparo com os metodos do Moyse!  Aff...

Marcel Moyse foi flautista, nasceu em 17 de Maio de 1889 na França e morreu nos EUA em 1984. Estudou no conservatório de Paris e foi aluno Philippe Gaubert, de Adolfo Hennebains e de Paul Taffanel. (Aqueles do famoso método pra flauta).

Marcel Moyse foi autor de muitos estudos e exercícios que se tornaram estudos "obrigatórios" para melhor desenvolvimento de técnica da flauta transversal. Moyse também é autor do método que  é considerado a Bíblia da embocadura para muitos flautistas: De la Sonorité - Art et Technique . 
Os exercícios são um pouco chatos na minha opiniao, e ha quem diga que Moyse escreveu esses metodos pra ganhar dinheiro!
Mas de um tempo pra ca, tenho praticado todos os dias e depois de muito insistir parece que estou notando uma leve mudança, principalmente nos agudos.
Pra quem não conhece o método e quiser baixar, ta aí o link:
Boa sorte e muita persistência, sempre!!!