domingo, 28 de novembro de 2010

Quer ser um bom flautista?

Se quiser se desenvolver bastante, além de muito estudo, é importante sempre ouvir opiniões de pessoas experientes. A seguir algumas dicas que eu considero importantíssimas. 

1. Todo flautista precisa dedicar um tempo específico para o estudo do instrumento. O ideal é que se estude poucas horas por dia, mas estude todos os dias, pois existem pessoas que estudam muitas horas, mas não estudam todos os dias, isso faz com que o rendimento diminua.
2. Todo o flautista precisa saber ler partitura e tocar “de ouvido”. Não é correto tocar só lendo partitura ou só de ouvido, o bom músico faz os dois!
Todo o flautista precisa conhecer o seu instrumento, ou seja, procurar a melhor posição pra tocar (em que os membros fiquem confortáveis, para não causar qualquer tipo de lesão) e saber em que posição o som do seu instrumento sai melhor, mais limpo.
3. Todo o flautista precisa ouvir boas músicas, ou seja, músicas instrumentais que contenham flauta. Com isso, educamos os ouvidos e passamos a ter mais facilidade para aprender músicas de ouvido e fazer improvisos.




quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A outra face de Bach

Pra quem não imagina a musica sem Bach....

http://outrafacedebach.blogspot.com/

Blog com a historia da vida desse mestre, com curiosidades e obras...
Vale a pena!!!
Adorei

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tecnica de Alexander

Pra quem não conhece, técnica desenvolvida pra correção postural que ajuda muito os artistas em geral, principalmente os musicos...
Esse site da uma resumida: http://www.tecnicadealexander.com/index_port.htm
Boa sorte!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

vibrato

http://cantinhodaflauta.blogspot.com/2010/11/como-vibrar-na-flauta-que-vibracao.html

domingo, 7 de novembro de 2010

Fogueira de Vaidades

Quem pretende se tornar musico profissional, deve ter em mente as dificuldades no relacionamento com outros músicos...
Sempre tem "um" ou "uma" querendo aparecer mais que os outros! Aquele  que demonstra sua virtuosidade bem na hora em que você esta tentando afinar...
Tem musico que não gosta de dividir partitura, outros que tentam se colocar no mercado puxando o tapete daqueles já estabelecidos ... enfim,
Egos maiores que os próprios talentos!!!
Devemos ficar sempre atentos, cuidar das palavras, dos comentarios, pra não esbarrar em egos sensíveis... e ter cuidado pra não sensibilizar demais o nosso.
Tocar melhor ou pior não é so questão de técnica, é questão de sentimento, de respeito com quem esta te ouvindo e com os colegas que estão te acompanhando! Um musico não existe sozinho!!!
Não entremos nessa competição velada entre músicos ! É deprimente!
Sempre digo que a inveja é filha da incompetência!
Lute, se dedique, corra atrás de seus objetivos, procure sempre melhorar no instrumento que escolheu! Dê sempre o melhor em cada nota e principalmente tenha uma boa convivência com os colegas! Pelo menos tente!
É o que estou tentando fazer!

Boa sorte pra nós!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CUIDADO COM A POSTURA!!!

1 – Postura na performance da flauta – considerações históricas
Embora seja muito antiga, não é freqüente, na literatura especializada, a preocupação com a postura na performance da flauta. Johann Joachim Quantz, grande compositor e flautista alemão do século XVII, foi um dos primeiros autores que manifestou uma preocupação sistemática com questões técnicas relacionadas à postura na execução da flauta. Quantz tratou detalhadamente, em seu tratado Essay of a Method for Playing The Transverse Flute, de assuntos fundamentais como a sustentação do instrumento, a posição das mãos na flauta, a embocadura e a respiração. Pela forma como ele abordou o assunto, fica clara sua preocupação com a postura do flautista. No segundo capítulo, que trata da sustentação da flauta, ele afirma que:

A cabeça deve se sustentar sempre ereta, e de maneira natural, assim a   respiração não será prejudicada. Você deve sustentar seus braços um pouco afastados de seu corpo, o   esquerdo um pouco mais que o direito, e não pressioná-los contra o corpo, afim de que sua cabeça  não fique em uma posição oblíqua em relação ao seu corpo; isso poderia, além de causar uma má postura, impedir sua respiração, uma vez que    sua garganta  se  contrairia e a respiração não
aconteceria    tão   facilmente como   deveria   ser. Você  deve sempre sustentar a   flauta  com firmeza contra sua boca, a alternância desta pressão pode afetar a afinação.(QUANTZ, 1752, p.37).



2 - Kimachi (2002, WERIL on-line)  descreve de maneira bastante detalhada os melhores caminhos para uma postura adequada ao tocar flauta.
Quando de pé, devemos pensar em uma postura relaxada, ereta, com cabeça e tronco erguidos, joelhos levemente dobrados, peso nas coxas, sensação de uma linha imaginária que vai do calcanhar, passando pelas costas e indo até a cabeça, alongando o corpo inteiro. Para deixar a cabeça na posição certa, não muito abaixada e nem muito erguida, podemos fazer um teste, cantando e sustentando a vogal Ô e abaixando e erguendo a cabeça sucessivamente. Devemos procurar o som mais ressonante e aberto, indicando que estamos abrindo a garganta e com a postura correta. A sensação é de alongamento da coluna cervical (região do pescoço). Os braços formam triângulos com o corpo. Se fôssemos vistos de cima, veríamos dois triângulos cujos lados seriam formados pelos braços, antebraços e corpo. Devemos sempre pensar em relaxar os ombros. O quanto levantamos ou abaixamos os cotovelos e o quanto dobramos os pulsos devem estar relacionados com o relaxamento dos ombros e o alinhamento da flauta com relação ao corpo. Vendo um flautista de frente, a linha do instrumento deve ser paralela com a linha dos lábios. Vista de cima, a linha da flauta deve estar perpendicular à ponta do nariz do músico.
Os pés podem ficar paralelos um ao outro ou fazendo um "L", o direito sendo a base e o esquerdo à frente, levemente separados. Giramos a cabeça para esquerda em direção à estante, ao maestro e ao público.
Nosso corpo nunca ficará de frente para a estante e sim para a direita. O mesmo vale quando estamos sentados. Os pés devem tocar o chão, e a cadeira voltada para a direita para girarmos a cabeça para a esquerda. A flauta é transversal, não a tocamos como um clarinete, por exemplo. Se não prestarmos atenção a estes detalhes, podem-se desenvolver graves problemas de coluna. Devemos pensar em movimentos horizontais, seguindo as linhas das frases, para não criarmos vícios de tocar acentuando notas sem necessidade, a menos que estejam indicados acentos na partitura. Os movimentos devem estar sempre relacionados à música, como se fôssemos atores interpretando um texto.


Flautista Solista x Flautista Sinfônico

 
Por Marcos Kiehl
 
Uma vez me correspondi com um aluno me pedia uma opinião sobre como ele deveria tocar num teste para uma vaga na orquestra, qual seria a sonoridade ideal, etc. Existe esta eterna discussão sobre as diferenças entre o flautista solista e aquele que toca na orquestra. Aproveitei o que escrevi para ele e elaborei um pouco mais sobre o assunto: 
Obviamente que existem diferenças, cada um pode se dedicar ou se especializar numa ou outra categoria, mas esta história deflautista solista versus flautista de orquestra não é bem como muitos pensam. 
Algumas pessoas costumam associar um som grande como sendo mais adequado ao solista, e um som menor com o de um flautista de orquestra, mas não é nada disto! Um bom músico (flautista ou qualquer que seja o instrumento) deve ser capaz de tocar de qualquer maneira que lhe é pedido, e deve saber mudar e ajustar seu som tanto em volume quanto em timbre, cor, vibrato, para obter o melhor resultado em cada situação. Quanto melhor instrumentista ele for e quanto melhor dominar seu instrumento, melhor ele será, tanto na frente ou no meio da orquestra. 
É verdade que algumas características podem ser mais importantes e úteis para aquele que toca na orquestra, como a capacidade de conseguir, em certas situações a “fusão” (“blend”) do seu som com os outros instrumentos da orquestra, praticamente “se escondendo”, enquanto o solista deverá atrair a atenção do público o tempo todo, e mesmo nas passagens mais delicadas deverá se fazer ouvir e raramente irá “se esconder”. 
A afinação é igualmente importante para ambos, mas para o flautista da orquestra ela será sempre mais crítica, pois ele estará tocando numa tessitura mais fechada que aquele que estaria solando, onde praticamente sua linha melódica é exclusiva. 
Para tocar bem na orquestra, é necessária muita flexibilidade no volume do som, nas cores do som e, sobretudo na afinação. O instrumentista de orquestra muitas vezes também tem solos, e nestes momentos tem que saber agir como um solista, com mais independência e com um som que se destaque e se sobreponha à orquestra, enquanto em outros momentos ele poderá ser um mero coadjuvante, e seu som deverá ser discreto. Saber se adaptar a cada situação exige muita flexibilidade e jogo de cintura, talvez mais do que para ser um solista. Por outro lado, um bom solista também precisa dominar todos os recursos de sonoridade de seu instrumento para poder extrair o máximo da partitura e manter a atenção do público o tempo todo. 
Sobre o volume de som: 
Quando tocamos numa orquestra sinfônica grande (muitas vezes com mais de cem pessoas!), num repertório “pesado”, em alguns momentos vamos precisar de muita projetação de som e para isso é necessário que os flautistas saibam como conseguir isso. “Projetar” o som não é a mesma coisa que “tocar forte”! A projeção depende de várias características e qualidades do som, como o equilíbrio e a distribuição dos harmônicos, uma coluna de ar livre e com boa velocidade, correta afinação, e talvez o mais importante: a necessidade de se tocar no centro de cada nota. A correta maneira de assoprar, a velocidade da coluna de ar e uma embocadura adequada podem ter uma grande influência em tudo isso. Alguns flautistas cobrem muito o bocal para tocar, e isso prejudica muito a projeção do som, por exemplo. 
Após vários anos de experiência na orquestra e tendo tocado com diversos colegas, posso dizer que é surpreendente como alguns instrumentistas projetam seu som melhor que outros. Igualmente interessante é observar como muitas vezes um som, aparentemente “forte” quando próximo, pode se tornar “fraco” e “difuso”, à distância. Muitas vezes nos enganamos sobre como nosso som está se propagando, e podemos ter uma falsa impressão, pois não temos como nos ouvir de longe. Podemos aprender muito observando como os grandes artistas fazem isso, se possível freqüentando concertos e assistindo de perto e de longe.

Para projetar nosso som devemos pensar em produzir um som "grande" e centrado, e não um som “forte” e “espalhado”. Forte lembra força, e não é bem força que precisamos. Som grande não é som forçado, é um som que projeta e enche a sala. Tive o privilégio de ouvir alguns dos grandes flautistas tocando ao vivo (muitas vezes em salas bem grandes, como o Carnegie Hall, por exemplo) e o que ouvi foi sempre um som com grande projeção e sem uso de qualquer tipo de "força". Julius Baker, por exemplo, tocava de uma forma tão relaxada e natural, sem nenhum “esforço” aparente e seu som passava por cima da orquestra sem a menor dificuldade. 
Qual o segredo? Ar...velocidade de ar, som centrado e concentrado, timbre e equilíbrio de harmônicos. Pense no som como um facho de luz, se ele está aberto irá se espalhar e iluminar uma área maior, mas com pouca intensidade. Mas se usar uma lente para “focar” esta luz, ela será mais concentrada e intensa. 
Um som grande pode ser obtido com um grande relaxamento! Um pianista, para tocar “forte”, combina os movimentos dos seus braços com um grande relaxamento dos ombros e braços e aproveita ao máximo o peso destes para que a gravidade o ajude a percutir o teclado fazendo o mínimo de força (caso contrário o som fica forte, mas ao mesmo tempo “duro e estridente”). Devemos fazer o mesmo, movimentar a coluna de ar usando o “peso” das costelas e dos músculos do nosso corpo sem, no entanto pressioná-los demasiadamente. Isso ajudará a produzir um som mais intenso e forte com maior projeção. 
www.marcoskiehl.com