quinta-feira, 21 de abril de 2011

Gabriel Faure




Filho de gente modesta, mostrou muito novo notáveis aptidões para a música, tanto que aos 8 anos, sem auxílio de mestre, fazia improvisações no harmônio da igreja de Montgauzy.
Em 1855 Fauré entra para a afamada Escola Niedermeyer, de Paris, onde permanece como aluno interno até 1865, onde recebeu uma sólida educação musical e geral. Do corpo docente da Escola, fazia parte Saint-Saëns, ao qual ficou devendo, além dos seus conhecimentos pianísticos, uma cultura musical que não só abrangia os grande mestres contemporâneos, como lhe revelava a grandeza e perfeição de ofício de um Johann Sebastian Bach.
Fauré, após a guerra de 1870 faz contínuas viagens para assistir uma série de apresentações de Saint-Saëns e, principalmente, Richard Wagner. Embora impressionado com a música e o gênio de Richard Wagner, Fauré nem por um momento se deixou influenciar por uma arte inteiramente estranha ao seus temperamentos próprios, permanecendo na história da música francesa da segunda metade do Século XIX como um dos raros compositores que souberam resistir aos sortilégiosos Wagnerianos.
As peças para piano (improvisos, Nocturnos, Barcarolas, etc), que dotavam a música francesa de obras que ela há muito desconhecia, iam se sucedendo, acompanhadas pelas melodias admiráveis, implantavam na França um gênero que ia verdadeiramente continuar a tradição de Franz Schubert e Robert Schumann.
Em 1920, com a idade de 75, ele aposentou-se do Conservatório, principalmente devido à sua crescente surdez.

Fauré é, sem dúvida, um dos maiores nomes da música francesa moderna e um dos mais eminentemente representativos do espírito francês. Nos apresenta dominado pelo sentido da elegância, clareza, recato poético e oposição ao dramatismo oratório. Poucos compositores terão uma individualidade tão marcada quanto Fauré. Esta individualidade esta cimentada em três características próprias:
1. A característica textura da música, relevante principalmente nas peças de piano, com a fluidez da sua escrita baseada em engenhosas figurações de harpejos intercalados a um contraponto sutil;
2. A pessoal concepção da harmonia, que, baseada em grande parte nos modos gregorianos, apresenta uma mobilidade surpreendente;
3. A feição especial da melodia, que, embora subordinada ao movimento harmônico, é de uma amplidão, requinte e fragrância inconfundíveis, do que dão testemunho tantas paginas instrumentais, em que Fauré se mostra um dos maiores mestres de todos os tempos.

Obras principais
 
  • Après un rêve, Op. 7
  • Cantique de Jean Racine, Op. 11
  • Élégie, Op. 24
  • Requiem in D minor, Op. 48
  • Pavane, Op. 50
  • Dolly, Op. 56, 6-piece Suite for piano at 4 hands (Berceuse, Mi-a-ou, Le Jardin de Dolly, Kitty-Valse, Tendresse, Le Pas Espagnol)
  • Pelléas et Mélisande, Op. 80
  • Masques et Bergamasques, Op. 112
  • Messe Basse
  • Pénélope

Nenhum comentário:

Postar um comentário